CRB: Ambiente, superação, time... Roberto Fernandes arruma o CRB para o clássico: "Sobrevivência"

CRB e CSA vivem intensamente o clima do clássico de sábado. Na coletiva desta quarta, o treinador do Galo, Roberto Fernandes, falou sobre essa expectativa. Neto Baiano ou Rafael Costa? Momento de superação, análise do adversário, ideia de time, contratação de coaching...

Fernandes disse que tem 98% do time definido, mas avisou que pode surpreender. Estuda até não escalar um centroavante de ofício. Tudo isso faz parte do jogo de estratégia montado para tentar levar a melhor sobre o rival num jogo que pode marcar a saída do CRB do Z-4.

Confira abaixo os trechos da entrevista do técnico Roberto Fernandes

Roberto Fernandes, técnico do CRB — Foto: Denison Roma/ GloboEsporte.com
Análise do adversário

- O CSA está com uma equipe bem equilibrada. Ela tem aqueles requisitos que uma equipe competitiva precisa ter: jogadores tecnicamente com capacidade de decidir o jogo numa jogada individual... Vários atletas que estão no CSA já trabalharam comigo. A gente conhece bem a capacidade de cada um, é uma equipe que tem uma bola aérea muito consistente, seja ofensiva quanto defensiva, jogadores que podem decidir o jogo numa bola parada. Então, se eu for focar só com uma coisa, eu possa ser surpreendido com outra. A gente tem que analisar no geral e o CRB está trabalhando firme porque também tem capacidade de surpreender e conquistar a vitória no sábado.

Time quase definido

- O time do clássico está 98% definido, sobretudo definido na cabeça dos atletas. Agora eu estou correndo contra o prejuízo, estou lá atrás na tabela. Agora eu não vou dar nenhuma pista em relação à equipe, em relação à mudança que a gente possa ter durante a partida como também para começar a partida. O que mais interessa para o torcedor é que a gente está trabalhando forte e aqueles que estão preparados para o jogo estão trabalhando forte para conquistar essa vitória.

Importância do coaching (motivador)

- Como hoje o atleta não tem mais passe preso ao clube, umas das coisas mais difíceis que você tem hoje no futebol é pegar 30 jogadores e colocar na mente deles que cada um está ali para buscar os seus objetivos individuais, mas cada um está ali porque foi contratado pelo clube para ajudar a esse clube a alcançar o seu objetivo. Esse é o grande lance. Então, é importante que você tenha um profissional que venha agregar isso aí.

- Antigamente, o treinador fazia esse papel, mas hoje, com a demanda do futebol, não cabe mais ao treinador fazer isso. O treinador já tem o desgaste com o grupo no dia a dia, nos trabalhos táticos, que hoje o futebol é infinitamente mais tático do que há 20 anos. Naquela época, bastava montar um time com bons jogadores. Aí quando a gente levou 7 a 1 da Alemanha, caiu a ficha. É, rapaz, tem que organizar taticamente. Então, o trabalho do treinador tem que se focar muito mais no trabalho de campo e na gestão do processo de campo. Essa questão do lado emocional aí a gente já tem que deixar para um profissional capacitado, porque se não quem quer abraçar todo mundo, acaba não abraçando ninguém.

Fonte: globoesporte.globo.com

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